E eu me adaptei à sempre esperar mais um não. Me adaptei com a solidão à dois, você lá e eu cá. Me adaptei à uma esperança sem meio e fim. Nunca sei da sua tristeza, o motivo da sua irritação ou inquietação. Sou a última a saber da sua felicidade, a última à saber de você, a última à nunca saber. Nos seus jogos, só você ganha e nos meus, só eu perco. Eu te espero como um cachorro, pronto pra seguir o dono, mesmo assim eu cobro e culpo como todo o resto. Meu silêncio sobre isso veio com o tempo, minha falta de vontade está crescendo. Sei que se eu parar, os dois afundam, só que manter as minhas pernas tremulas, que já fraquejam, é difícil sozinha.Só estou pedindo, olhe ao seu redor e tome o seu lugar ao meu lado.