31.7.09

O Meu Final Feliz.

Na mesma hora em que a felicidade me chega sólida como uma pedra, eu vejo a mesma se esvaindo pelos meus dedos. A cada dia que passa fica mais evidente de que eu receber uma felicidade admirável e eterna, ela virá com uma grande dose de infelicidade. Talvez seja só para me provar de que felicidade e para sempre são inímigos eternos; ou só para me fazer acreditar e querer mais ainda o meu Final Feliz.

29.7.09

Um Dia de Inverno, Chuvoso e Escuro.


É, talvez, seja verdade que toda bela história começa em um dia de verão, onde todos estão no parque brincando em cima da grama verdissíma. Essa não. Essa começa em um dia de inverno chuvoso, escuro e escuro.
Ela não tem nada pra fazer, à não ser ver alguns garotos tentarem a sorte com ela; ele só quer conhecer uma menina interessante, que o faça ter vontade de conversar, ou algo assim. Ela apesar de inteligente, não tem tanto conhecimento sobre certas coisas; ele apesar de novo já sabe de muita coisa e já teve muitas decepções. Ele quer ser seu amigo, ela aceita. Eles começam a conversar, à cada assunto um vai se surpreendo com o outro. Ele acha ela inteligente até demais para sua idade; ela acha ele interessante, apesar de seus vícios e de sua sentença. Apesar de saber que existe um fim, e ele está próximo, ela não quer que ele exista, não para eles (para ele).
Dedicado à Lucas*

24.7.09

Solidão.


Solidão. Existem vários tipos de solidão. Aquela em que, você sabe que é momento de ficar sozinho por algum motivo, será melhor pra você e para todo o resto, mas ela tem volta, é só para pensar. Tem também aquela solidão que você faz acontecer com seus erros, essa poucas vezes tem volta. A pior de todos é aquela que você não faz nada e ela acontece, não tem como impedir.

A solidão pode ter muita faces, mais sempre vai ser o pior castigo e solução para tudo.

Sorria. Isso basta.


Quando tudo está perdido. Quando você quer desaparecer, quando você não sente mais necessidade de ser o que é, quando tudo o que o mundo faz você sofre. Feche os olhos, feche com força, mergulhe a sua cabeça na água quente do chuveiro, tire-a, vista a sua melhor roupa, saí e se divirta. Viva, seja feliz. E quando álguem fizer com que você sinta vontade de sorrir. Sorria. Mergulhe toda a sua infelicidade naquele sorriso espontâneo e feliz. Pronto, agora só lhe basta viver e enfrentar todas as outras decepções da vida, mostrando que você é mais forte do que parece.

16.7.09

Defeitos e Qualidades Expostos, Final do Encanto.

Eu vi que não era a coisa certa a se fazer, eu sabia que não era nem o meu, e muito menos, o seu futuro, sabia que nem futuro tinha. Mesmo assim, eu tentei minha sorte em você.
Sofri. Não sofro mas. Porque eu sei que não vale à pena, a gente sabe, lá dentro, que não vale à pena. Mas o meu coração disse que queria ficar, por isso como uma boa ouvinte que sou fiquei. E por mas que eu tenho sofrido, não foi errado, eu pude ver o seu sentimento, o meu. E o melhor de tudo, quem você realmente era, e mesmo sabendo dos seus maiores e mais podres defeitos, eu só fiquei pelas tuas qualidades. E assim mesmo, tudo acaba.

Término da magia.

Riscos.


"Love's a risk"

O amor realmente é um risco. Risco ? Toda vez que você ama alguém você corre o risco de amar de mais e não ser amada, corre o risco de ser amada e não amar, corre o risco de sofrer, de fazer sofrer. Um risco constante tanto para com quem ama, quanto para com quem não ama. Ás vezes é bom amar alguém, ás vezes não. Mas de qualquer forma em algum momento desse amor você vai ser feliz. Ninguém sabe realmente se amou, se aquilo foi amor, se foi amado, só sabe que foi bom. O amor é uns dos melhores risco que uma pessoas pode correr.

15.7.09

Pedidos para o Destino.

Algumas pessoas acordam, e pedem para encontrar uma nota de cem reais, ou até mesmo para darem de cara com o emprego perfeito. Existem aqueles casos extremos, que pedem para esbarrar, na cara metade, na outra parte da laranja, e assim criar uma relação eterna.
Eu não peço nada. Eu parei de pedir. Já pedi uma nota de cem reais, achei uma moeda de cinco; já pedi para encontrar o minha cara metade, a única coisa que encontrei foi,... acho que nada. Não é preciso pedir, vai atrás, tenta conquistar. Acho que posso falar isso já, que só não encontrei o meu amor, minha paixonite, porque não corri atrás.

13.7.09

Os Amigos Certos das Horas Incertas.

Pensando em meu passado, senti medo. Medo. Medo? Medo de ser infeliz em minhas escolhas, medo de que tudo volte ao normal, medo de ficar sozinha. Perdida nesses pensamentos medroso, eu descubro a verdadeira fonte de medo. Eu tinha medo de perdê-los. Ela e ele. Perder suas amizades. Eles tinham ajudado-me a superar medos, a fazer escolhas, a ser feliz, a chorar, a desabafar, eles tinham suportado os meus piores momentos e estados, dado risada das minhas piores piadas, e assim me fizeram feliz. Ela, toda manhã, e de vez em quando à tarde. Ele, em algumas tardes, só que as mais esperadas. Com ela tudo é motivo de graça, tudo é motivo para graça, até uma Coca-Cola. Fizemos descobertas juntas, algumas boas, outras ruins, pois viciam. Conversamos sobre os assuntos mas sérios, só que depois falamos das coisas mais besta o possível. Nos defendemos como uma família. Com ele ainda construo uma amizade, mas de minha parte já existe grande respeito e admiração, o suficiente para dizer que ele é diferente, um amigo diferente. Já me ajudou sem ter nada em troca. Inteligente, equilibrado, conhecedor. Com vocês sem que posso errar na escolha, mais infeliz jamais serei.


Dedicado à Stella e Gabriel.

Lembranças de Um Estranho Agradável.

Deitada em sua cama, esperando que o programa de televisão que queria assistir começasse, olhava o teto e ignorava a televisão. A luz branca de seu quarto, deixava mais branco ainda o teto e isso a deixava mais entediada. Perdida naquele branco surreal, lembrava de seu dia e de seus pensamentos mais opacos e fúteis. O seu programa de interesse só iria começar dali trinta minutos, por isso, fazer sua reflexão diária naquele momento ao som de Dancing Shoes ou Old Yellow Bricks, não seria uma má ideia. Pegou seu MP4, colocou na música Dancing Shoes,- fechou os olhos e navegou pelo branco de sua mente, não queria pensar, mais era difícil -, ao começar a ouvir a mesma, lembrou-se de um fato. Naquele dia havia conhecido um garoto, - ela abriu os olhos para ver se o esquecia, tinha mais coisas importante para pensar, mesmo assim não conseguiu -, relaxou, ficou passando os olhos pela cama, ao ver seus pés, tinha um tom de azul em suas meias, ela nunca o percebera, mais ele não lhe era estranho já o tinha visto, mais não importava,- assim piscou, e sem o menor interesse fechou os olhos-, foi quando subitamente lembrou-se daquele azul. Era mais ou menos da cor dos olhos dele. Daquele garoto. Ele era diferente, ela sabia disso,- ela queria ter parado por ali, mas não pôde, não queria-, ele aguçava-a de todas as maneiras. No início ele lhe pareceu ser chato e igual como todos os outros. Quanto mais falava mais lhe aguçava a curiosidade. E assim, ela ia pensando nele. Ao ir se preparar para dormir, lavou o rosto, ao sentir a água em sua pele, lembrou-se da despedida. Ele tinha lhe dado um beijo na bochecha, um beijo suave e molhado em sua bochecha, e assim com essa lembrança desejou pela segunda vez, que fosse assim no dia seguinte. Ela não sabia o que queria dele, somente de uma coisa sabia, queria que sempre fosse de um único jeito com aquele estranho agradável:

Agradável, aguçador e feliz.

10.7.09

O Sapatinho Vermelho.

"Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina - ela repitiu olhando-se bem nos olhos em frente ao espelho."

Escutando Trying Your Luck e lendo Caio Fernando Abreu, eu descobri. Tinha acabado. Depois me perguntei o que tinha acabado? E a resposta era simples. TUDO! A dor, o sofrimento por algo que não iria me salvar deste. Mais outra coisa também foi descoberta, mas me decepcinou. O mais importante não tinha acabado, o amor. Não faz mau algum, pois aqui estarei quando ele se esgotar e for embora. E se o causador destes sentimentos me procurar, irei pensar, e talvez, me rebelar. Mais mesmo assim, aqui estarei.

Cicatriz.


Perdi. Perdi a minha luz. Perdi minha razão, e com ela de mãos dadas minha sanidade foi junto. Você disse que acabou, e assim mesmo sem explicações, me deu as costas. Sem o menor pudor, desabei. Disse tchau para a minha compostura, e a primeira lágrima correu, e a atrás desta vinheram as outras. Os dias passaram, e tudo o que eu fazia era automático, acordar, tomar um banho, comer, etc. Algum tempo depois, comecei a voltar ao normal, comecei a me recuperar da cicatriz invisível e incurável do meu coração. Pronta para recomeçar, me deparo com você. Me deparo com você nos braços de outra, um lugar que antes eu ocupava. No mesmo instante em que me preparei para chorar, sem a menor vontade de segurar as minhas lágrimas, uma brisa gelada de inverno bate contra o meu corpo, brincando com meu cabelo, e sussurrando ao pé do meu ouvido: "Está tudo bem, você não precisa mais disso!". E com essas palavras, minha alma é lavada e absolvida daquele amor consumidor. E assim eu posso escrever 'fim', nessa história sem início algum.


Fim